Pragas nos Periódicos

A coruja e a agricultura

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Título

A coruja e a agricultura

Criador

S/autor

Fonte

Jornal de Penafiel, 23º Ano, nº 12, p. 2.

Data

08-12-1908

Colaborador

Leonardo Aboim Pires

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É preciso erguer-nos contra as crueldades de que é vitima a pobre coruja, perseguida pela crendice dos ignorantes, que lhe atribuem tudo quanto é mau, desde os agouros sinistros, até ao roubo do azeite das lamparinas das igrejas. Nem um só lavrador se opõe à caça que lhe dão constantemente nos campos, e, com quanto a coruja seja uma ave feia, presta-nos, todavia, muitos serviços que são geralmente ignorados.
Todas as espécies de corujas são essencialmente úteis aos campos, porque destroem as toupeiras, os ratos ordinários e os arganazes que infestam os ricos celeiros dos lavradores e devoram as sementeiras e frutos das árvores. E, quanto à acusação lançada sobre a coruja e principalmente sobre o mocho, que se diz comerem os passarinhos, as melhores observações feitas provam que não tem maior razão de ser, em vista da alimentação predileta daquelas aves e sobretudo da coruja.
Esta ave é, pois, um auxiliar precioso do agricultor no extermínio dos pequenos animais nocivos à agricultura e dever-se-ia, não somente deixá-la viver em paz, mas ainda, em caso de necessidade, protege-la e favorecer a sua multiplicação.

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Citação

S/autor, “A coruja e a agricultura”. In Jornal de Penafiel, 23º Ano, nº 12, p. 2., 08-12-1908. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/669.

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