Calda para o míldio
Exames de sulfato de cobre
Dublin Core
Título
Calda para o míldio
Exames de sulfato de cobre
Exames de sulfato de cobre
Criador
António Batalha Reis
Fonte
O Elvense, 20º Ano, nº 2015, p. 2.
Data
03-05-1900
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Tenho preconizado o uso dos pós cúpricos nos primeiros tratamentos do míldio; agora, porém, deverão esses tratamentos ser substituídos pela calda feita com o sulfato de cobre, e um outro corpo que possa corrigir a ação corrosiva do sulfato.
Esse corpo que se junta ao sulfato pode ser a cal ou o carbonato de soda.
Qualquer desses corpos realiza na calda duas vantagens: adoça primeiro a ação cáustica do sulfato, evitando por essa forma que sejam queimadas as folhas, os renovos e os cachos, e ajuda depois o cobre a fixar-se nas partes das cepas onde a calda cair.
A ação do carbonato de soda é mais eficaz do que a cal simples, porque, misturando uma solução de carbonato de soda com o sulfato de cobre, se forma sulfato de soda e hidrocarbonato de de cobre, e este último é muito mais aderente às folhas do que o óxido de cobre resultante do emprego da cal. O bem ou mal feito da calda é acusado pela cor com que ela fica. Mas se a cor for esverdeada, é ela aviso de que a cal foi pouca ou de má qualidade, ou ligou mal.
Desejam saber muitos viticultores o modo caseiro de conhecer a pureza do sulfato de cobre que compram.
Para isso vou indicar um processo simples, de execução fácil e ao alcance de todos.
Dissolvem-se alguns cristais de sulfato de cobre com água num copo de vidro bem limpo, e junta-se-lhe depois umas gotas de amoníaco. Feito isto, forma-se um precipitado que poe em evidencia a qualidade de sulfato de cobre.
Se for azul celeste, é puro, mostrando um azul enferrujado, contém ferro; e se apresentar uma cor branca e suja, é porque tem zinco de mistura.
Esse corpo que se junta ao sulfato pode ser a cal ou o carbonato de soda.
Qualquer desses corpos realiza na calda duas vantagens: adoça primeiro a ação cáustica do sulfato, evitando por essa forma que sejam queimadas as folhas, os renovos e os cachos, e ajuda depois o cobre a fixar-se nas partes das cepas onde a calda cair.
A ação do carbonato de soda é mais eficaz do que a cal simples, porque, misturando uma solução de carbonato de soda com o sulfato de cobre, se forma sulfato de soda e hidrocarbonato de de cobre, e este último é muito mais aderente às folhas do que o óxido de cobre resultante do emprego da cal. O bem ou mal feito da calda é acusado pela cor com que ela fica. Mas se a cor for esverdeada, é ela aviso de que a cal foi pouca ou de má qualidade, ou ligou mal.
Desejam saber muitos viticultores o modo caseiro de conhecer a pureza do sulfato de cobre que compram.
Para isso vou indicar um processo simples, de execução fácil e ao alcance de todos.
Dissolvem-se alguns cristais de sulfato de cobre com água num copo de vidro bem limpo, e junta-se-lhe depois umas gotas de amoníaco. Feito isto, forma-se um precipitado que poe em evidencia a qualidade de sulfato de cobre.
Se for azul celeste, é puro, mostrando um azul enferrujado, contém ferro; e se apresentar uma cor branca e suja, é porque tem zinco de mistura.
Ficheiros
Colecção
Citação
António Batalha Reis, “Calda para o míldio
Exames de sulfato de cobre
”. In O Elvense, 20º Ano, nº 2015, p. 2., 03-05-1900. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 29 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/782.
Exames de sulfato de cobre
”. In O Elvense, 20º Ano, nº 2015, p. 2., 03-05-1900. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 29 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/782.