Regas de Julho às vinhas
Dublin Core
Título
Regas de Julho às vinhas
Criador
António Batalha Reis
Fonte
O Elvense, 21º Ano, nº 2027, p. 2.
Data
15-07-1900
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
É raro que se pense em regar as vinhas, e no entanto grande resultado se poderia tirar deste amanho.
A rega da vinha pode ser um tratamento, uma salvação, para as vinhas atacadas pelo filoxera e ainda será sempre um cultivo de primeira ordem, para toda e qualquer vinha sadia e liberta do terrível inseto.
No primeiro caso facilitará a água à cepa a emissão de novas raízes, que poderão robustecer-se no ano seguinte compensar assim as perdas causadas pelo filoxera.
No caso geral, e fora de qualquer intervenção filoxérica, será uma rega feita em ocasião oportuna um meio seguro de prolongar o período de vegetação ativa na cepa, e de neutralizar os efeitos desastrosos do excessivo calor do verão.
Os meses mais próprios para realizar esse trabalho, serão os de Maio quando a vinha estiver atacada pelo filoxera e o de Julho para a generalidade dos casos.
É agora que poderemos fornecer às cepas uma reserva de humidade que lhe compense excessiva secura dos meses seguintes.
A quantidade de água necessária a cada cepa será relativa à maior ou menor porosidade da terra: mas em média será bom contar com quinze litros por metro quadrado.
Entre outras localidades que muito lucrariam com as regas feitas neste momento, ocorre-nos o Ribatejo, como o mais necessitado deste cultivo, sobretudo nos sítios em que o filoxera lhe tem visitado as vinhas.
No Ribatejo, quer dizer, numa grande parte dele, poder-se-ia tirar importantíssimas vantagens das regas, não só para as vinhas, como igualmente para outras culturas.
Seria então levantada a água do Tejo por poderosas bombas a vapor, e uma percentagem paga pelos lavradores a uma companhia que se encarregasse da montagem das bombas e distribuição de água, garantiria igualmente o lucro a quem estabelecesse este importante melhoramento.
A rega da vinha pode ser um tratamento, uma salvação, para as vinhas atacadas pelo filoxera e ainda será sempre um cultivo de primeira ordem, para toda e qualquer vinha sadia e liberta do terrível inseto.
No primeiro caso facilitará a água à cepa a emissão de novas raízes, que poderão robustecer-se no ano seguinte compensar assim as perdas causadas pelo filoxera.
No caso geral, e fora de qualquer intervenção filoxérica, será uma rega feita em ocasião oportuna um meio seguro de prolongar o período de vegetação ativa na cepa, e de neutralizar os efeitos desastrosos do excessivo calor do verão.
Os meses mais próprios para realizar esse trabalho, serão os de Maio quando a vinha estiver atacada pelo filoxera e o de Julho para a generalidade dos casos.
É agora que poderemos fornecer às cepas uma reserva de humidade que lhe compense excessiva secura dos meses seguintes.
A quantidade de água necessária a cada cepa será relativa à maior ou menor porosidade da terra: mas em média será bom contar com quinze litros por metro quadrado.
Entre outras localidades que muito lucrariam com as regas feitas neste momento, ocorre-nos o Ribatejo, como o mais necessitado deste cultivo, sobretudo nos sítios em que o filoxera lhe tem visitado as vinhas.
No Ribatejo, quer dizer, numa grande parte dele, poder-se-ia tirar importantíssimas vantagens das regas, não só para as vinhas, como igualmente para outras culturas.
Seria então levantada a água do Tejo por poderosas bombas a vapor, e uma percentagem paga pelos lavradores a uma companhia que se encarregasse da montagem das bombas e distribuição de água, garantiria igualmente o lucro a quem estabelecesse este importante melhoramento.
Ficheiros
Colecção
Citação
António Batalha Reis, “Regas de Julho às vinhas”. In O Elvense, 21º Ano, nº 2027, p. 2., 15-07-1900. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 27 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/785.