SECÇÃO AGRÍCOLA
Dublin Core
Título
SECÇÃO AGRÍCOLA
Criador
António Pereira Alves
Fonte
Damião de Goes, Ano 1, nº 11, pp. 1-2.
Data
14-03-1886
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
A Ex.ª. Câmara deste concelho, pelo edital publicado no último Damião, parece pretender pôr cobro à plena liberdade com que se transporta bacelos, enxertos, etc., de uns para os outros pontos do concelho, sem ninguém procurar saber se veem ou não de pontos filoxerados.
Infelizmente estamos convencidos que pouco ou nada se conseguirá. […]
Os menos instruídos, desconhecendo os terríveis efeitos do filoxera, não atendem à proveniência dos bacelos; querem tinta miúda, venha donde vier, inutilizando assim os esforços daquele que procuram defender os seus interesses, trabalhando para retardar a invasão do terrível mal.
É preciso pois combater, primeiro que tudo, a ignorância.
É por meio da imprensa que mais facilmente se defendem os conhecimentos; mas é preciso que o remédio seja preparado de forma de forma a ser facilmente absorvido, isto é, que a linguagem seja bastante compreensível, o assunto de interesse imediato, e o conselho de fácil realização prática.
Havendo no nosso país algumas publicações dedicadas à agricultura, são, em geral, escritas de modo que apenas aproveitam aos grandes proprietários, os mais instruídos por via de regra.
A maioria – os pequenos lavradores, os menos instruídos, como nós – pouco ou nada lucra com a leitura de tais publicações. […] A quem desconhece muito não é difícil ensinar alguma coisa.
É o que pretendemos fazer.
A nossa intenção tem sido escrever para a maioria, menos exigente, e que não sendo sabia, mais facilmente desculpará as nossas faltas.
Por felizes nos daremos se conseguirmos ser úteis. […]
Infelizmente estamos convencidos que pouco ou nada se conseguirá. […]
Os menos instruídos, desconhecendo os terríveis efeitos do filoxera, não atendem à proveniência dos bacelos; querem tinta miúda, venha donde vier, inutilizando assim os esforços daquele que procuram defender os seus interesses, trabalhando para retardar a invasão do terrível mal.
É preciso pois combater, primeiro que tudo, a ignorância.
É por meio da imprensa que mais facilmente se defendem os conhecimentos; mas é preciso que o remédio seja preparado de forma de forma a ser facilmente absorvido, isto é, que a linguagem seja bastante compreensível, o assunto de interesse imediato, e o conselho de fácil realização prática.
Havendo no nosso país algumas publicações dedicadas à agricultura, são, em geral, escritas de modo que apenas aproveitam aos grandes proprietários, os mais instruídos por via de regra.
A maioria – os pequenos lavradores, os menos instruídos, como nós – pouco ou nada lucra com a leitura de tais publicações. […] A quem desconhece muito não é difícil ensinar alguma coisa.
É o que pretendemos fazer.
A nossa intenção tem sido escrever para a maioria, menos exigente, e que não sendo sabia, mais facilmente desculpará as nossas faltas.
Por felizes nos daremos se conseguirmos ser úteis. […]
Ficheiros
Colecção
Citação
António Pereira Alves, “SECÇÃO AGRÍCOLA”. In Damião de Goes, Ano 1, nº 11, pp. 1-2.
, 14-03-1886. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/849.
, 14-03-1886. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/849.