ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Dublin Core
Título
ASSUNTOS AGRÍCOLAS
Criador
S/autor
Fonte
Damião de Goes, 12º Ano, nº 577, p. 2.
Data
17-01-1897
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
A podridão da uva
É de todos sabido que a uva podre é nociva à qualidade do vinho.
Esta doença num ano húmido é de carácter geral e toma um desenvolvimento exagerado. Alguns viticultores ligam muita importância à sua presença, e não vindimam senão quando a podridão está bem desenvolvida.
Tem-se demonstrado que o mosto proveniente de uvas apanhadas tardiamente e atacadas pela moléstia, entra muito lentamente em fermentação, e, nestas condições a qualidade do vinho obtido deixa muito a desejar. […]
A podridão desenvolve-se mais quando a humidade é grande. Propaga-se também rapidamente, de preferência em vinhas de vegetação luxuriante onde os cachos ocultos pelas folhas não recebem a ação direta dos raios solares.
Em razão da humidade excessiva e prolongada do fim do estio e do começo do outono, a maior parte das cepas, especialmente as cultivadas nas baixas dos outeiros, sofrem muito mais os efeitos da podridão, por serem menos resistentes.
Estes apontamentos são extraídos de um jornal francês de viticultura e segundo um relatório feito o ano passado por um distinto agrónomo francês, sobre esta doença, que tao consideráveis estragos fez em algumas regiões vinhateiras de França.
No próximo número daremos alguns detalhes sobre o tratamento que se deve fazer para combater o mal.
É de todos sabido que a uva podre é nociva à qualidade do vinho.
Esta doença num ano húmido é de carácter geral e toma um desenvolvimento exagerado. Alguns viticultores ligam muita importância à sua presença, e não vindimam senão quando a podridão está bem desenvolvida.
Tem-se demonstrado que o mosto proveniente de uvas apanhadas tardiamente e atacadas pela moléstia, entra muito lentamente em fermentação, e, nestas condições a qualidade do vinho obtido deixa muito a desejar. […]
A podridão desenvolve-se mais quando a humidade é grande. Propaga-se também rapidamente, de preferência em vinhas de vegetação luxuriante onde os cachos ocultos pelas folhas não recebem a ação direta dos raios solares.
Em razão da humidade excessiva e prolongada do fim do estio e do começo do outono, a maior parte das cepas, especialmente as cultivadas nas baixas dos outeiros, sofrem muito mais os efeitos da podridão, por serem menos resistentes.
Estes apontamentos são extraídos de um jornal francês de viticultura e segundo um relatório feito o ano passado por um distinto agrónomo francês, sobre esta doença, que tao consideráveis estragos fez em algumas regiões vinhateiras de França.
No próximo número daremos alguns detalhes sobre o tratamento que se deve fazer para combater o mal.
Ficheiros
Colecção
Citação
S/autor, “ASSUNTOS AGRÍCOLAS”. In Damião de Goes, 12º Ano, nº 577, p. 2., 17-01-1897. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/1228.