Memória sobre o inseto denominado Coccus Hesperidum que acaba de ser descoberto em alguns pomares da ilha Terceira
Dublin Core
Título
Memória sobre o inseto denominado Coccus Hesperidum que acaba de ser descoberto em alguns pomares da ilha Terceira
Criador
Joaquim Manuel Fernandes Braga
Fonte
O Angrense, nº 669, pp. 1-2.
Data
24-01-1850
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Este inseto, que com toda a probabilidade se presume ser importado da América para as ilhas dos Açores, ocupa hoje com superabundante razão, a mais séria atenção dos científicos angrenses, para obviar de pronto os terríveis estragos que semelhante praga costuma ocasionar nos pomares de espinho, reduzindo-lhes sua frondosa e verde ramagem a secos e mirrados troncos, como infelizmente aconteceu nas ilhas do Faial e S. Miguel, tendo aquela passado pelo desgosto de ver completamente desaparecer seus ricos laranjais, e esta conservar a custo de imensos sacrifícios aqueles aonde tem chegado a praga devoradora.
No Faial julgou-se atalhar completamente o mal, cortando e queimando todas as árvores afetas da praga: e tendo-se levado a efeito esta medida, pareceu haver-se encontrado a cura, mas infelizmente não aconteceu assim […] seguiu-se então o arrependimento e a cesura à medida adotada, pelo grande e irremediável prejuízo que dela resultou, sem nada se conseguir.
Em S. Miguel quando se conheceu a existência da praga na ilha, pretenderam seguir o que primariamente foi adotado no Faial, e algumas quintas sofreram o corte desta devastadora providência […]
Para conseguir um semelhante fim, a comissão central encarregada da extinção do inseto a nada se poupou para colher os devidos esclarecimentos das pessoas, as sensatas e instruídas, tanto da ilha como de fora, fazendo as devidas e reiteradas experiências que julgava necessárias, não só para o conhecimento da eficácia dos indicados remédios; mas também para se escolher aquele que melhor aproveitasse e que fosse de mais fácil aplicação. […]
No Faial julgou-se atalhar completamente o mal, cortando e queimando todas as árvores afetas da praga: e tendo-se levado a efeito esta medida, pareceu haver-se encontrado a cura, mas infelizmente não aconteceu assim […] seguiu-se então o arrependimento e a cesura à medida adotada, pelo grande e irremediável prejuízo que dela resultou, sem nada se conseguir.
Em S. Miguel quando se conheceu a existência da praga na ilha, pretenderam seguir o que primariamente foi adotado no Faial, e algumas quintas sofreram o corte desta devastadora providência […]
Para conseguir um semelhante fim, a comissão central encarregada da extinção do inseto a nada se poupou para colher os devidos esclarecimentos das pessoas, as sensatas e instruídas, tanto da ilha como de fora, fazendo as devidas e reiteradas experiências que julgava necessárias, não só para o conhecimento da eficácia dos indicados remédios; mas também para se escolher aquele que melhor aproveitasse e que fosse de mais fácil aplicação. […]
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Citação
Joaquim Manuel Fernandes Braga, “Memória sobre o inseto denominado Coccus Hesperidum que acaba de ser descoberto em alguns pomares da ilha Terceira”. In O Angrense, nº 669, pp. 1-2., 24-01-1850. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/61.