Correspondência
Dublin Core
Título
Correspondência
Criador
Luís Meireles do Canto e Castro
Fonte
O Angrense, nº 676, pp. 1-2.
Data
14-03-1850
Colaborador
Leonardo Aboim Pires
Text Item Type Metadata
Text
Sr. Redator.
Vi numa coluna do seu periódico nº 674 um comunicado do ilmº. sr. João do Carvalhal da Silveira, datado de 17 de fevereiro p. p., no qual se queixa, como membro duma comissão filial da freguesia de S. Bento, de ter indicado à comissão central em 16 de Janeiro p. p. que o único meio de extinguir o Coccus Hesperidum era arrancarem-se e queimarem-se as árvores dele infetadas, e quanto se terem desprezado as suas lembranças apareceu uma laranjeira infetada no pomar do sr. Manuel Gonçalves Fagundes, de cuja aparição dera parte a comissão filial da Conceição à comissão central, e que por não ser queimada, logo apareceram quatro árvores da mesma espécie perseguidas pelo mesmo devorista das laranjeiras.
[…] Na inspeção que fiz a essa laranjeira, não tive lugar de dar a essa respeito a minha opinião, porque não voltei às sessões da comissão, e por julgar mesmo inútil apresentá-la em razão de que a comissão sistematicamente se achava presa ao parecer que lhe houvesse de ser transmitido da ilha de S. Miguel a esse e a outros respeitos em geral sobre a extinção do inseto devorista; porque se fora ouvido sobre tal negócio eu votaria, que fosse logo queimada a laranjeira doente, e assim mais todas aquelas que estivesse infetadas, qualquer que fosse o seu número, em cuja opinião me firmaria, em consideração mesmo aos interesses do sr. Fagundes, ou de qualquer outro cidadão em idênticas circunstâncias, procurando assim evitar a ruína progressiva do seu mais, em ais que tudo ainda por cortar pela raiz, com essa mesquinha medida, a continuação de um prejuízo, que não sendo atalhado, podia causar um mal geral em toda a ilha […]
Vi numa coluna do seu periódico nº 674 um comunicado do ilmº. sr. João do Carvalhal da Silveira, datado de 17 de fevereiro p. p., no qual se queixa, como membro duma comissão filial da freguesia de S. Bento, de ter indicado à comissão central em 16 de Janeiro p. p. que o único meio de extinguir o Coccus Hesperidum era arrancarem-se e queimarem-se as árvores dele infetadas, e quanto se terem desprezado as suas lembranças apareceu uma laranjeira infetada no pomar do sr. Manuel Gonçalves Fagundes, de cuja aparição dera parte a comissão filial da Conceição à comissão central, e que por não ser queimada, logo apareceram quatro árvores da mesma espécie perseguidas pelo mesmo devorista das laranjeiras.
[…] Na inspeção que fiz a essa laranjeira, não tive lugar de dar a essa respeito a minha opinião, porque não voltei às sessões da comissão, e por julgar mesmo inútil apresentá-la em razão de que a comissão sistematicamente se achava presa ao parecer que lhe houvesse de ser transmitido da ilha de S. Miguel a esse e a outros respeitos em geral sobre a extinção do inseto devorista; porque se fora ouvido sobre tal negócio eu votaria, que fosse logo queimada a laranjeira doente, e assim mais todas aquelas que estivesse infetadas, qualquer que fosse o seu número, em cuja opinião me firmaria, em consideração mesmo aos interesses do sr. Fagundes, ou de qualquer outro cidadão em idênticas circunstâncias, procurando assim evitar a ruína progressiva do seu mais, em ais que tudo ainda por cortar pela raiz, com essa mesquinha medida, a continuação de um prejuízo, que não sendo atalhado, podia causar um mal geral em toda a ilha […]
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Colecção
Citação
Luís Meireles do Canto e Castro, “Correspondência”. In O Angrense, nº 676, pp. 1-2., 14-03-1850. Disponibilizado por: Pragas nos Periódicos, acedido 26 de Novembro de 2024, http://fcsh.unl.pt/pragasnosperiodicos/items/show/62.